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Minha Abordagem

Meu trabalho se utiliza em especial de ferramentas e contribuições da esquizoanálise. Entende-se a partir desse olhar que o sujeito é capaz de se diferenciar de si mesmo e não permanece numa estrutura subjetiva fixa e imutável, dai o nome Clínica da Diferença, pela busca e exaltação da capacidade de produzir o novo, não é sobre ser diferente dos outros, mas sim de si.
 Na Clínica da Diferença o inconsciente não é formado através da falta, e sim como uma produção desejante, ao desejo nada falta e portanto entraremos em contato com o que desejamos nos responsabilizando pelo que estamos produzindo em nossas vidas, a esquizoanálise se afirma assim enquanto uma clínica engajada. Toda ação é política e isso não pode ser diferente no encontro clínico. Estamos intimamente relacionados com o mundo que nos cerca, por ele somos afetados, mas também o afetamos, não temos a nossa disposição todas as escolhas, cada pessoa tem suas próprias possibilidades no momento presente, mas do que já posso, o que desejo? Dentre as possibilidades que tenho agora qual escolha faço? Qual escolha venho fazendo?

 Pensar uma clínica política é sair da visão individualizante das problemáticas que carregamos, poder olhar para o nosso desejo e nossas ações de forma contextualizada, entender que nossa produção de si, é atravessada pelo momento social, histórico e político que vivemos. 
 A ética a que me proponho é situada, nada em si é bom ou ruim, descobriremos juntes o que faz do seu corpo menos ou mais potente, alegre. E como faremos isso? A razão só se concretiza se ela própria for afeto, muitas vezes já sabemos o que nos rouba a potência, mas como atualizar isso nos caminhos do próprio corpo para tornar isso uma realidade vivida em ato? A resposta que tenho hoje é o afeto, viver na própria relação a diferença, criá-la em conjunto.

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