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O que seria...

Clínica da diferença
Clínica da Diferença?

Acredita-se na esquizoanálise que o sujeito é capaz de se diferenciar de si mesmo e não permanece numa estrutura subjetiva fixa e imutável, dai o nome Clínica da Diferença, pela busca e exaltação da capacidade de produzir diferença, não é sobre ser diferente dos outros, mas sim de si. A todo momento estamos produzindo diferença e as vezes nem nos damos conta, mas com determinada pessoa agimos de um jeito e com outra de outro, em determinado lugar ou momento nos sentimos alegres e dispostos e em outros extremamente cansados e tristes. As vezes quando estamos muito mal, parece que nunca estivemos bem, e quando encontramos uma avalanche de coisas difíceis que nos acontece somos até capaz de esquecer que um dia sorrimos, nossa memória é uma ilha de edição, por isso é muito importante ter alguém pra nos acompanhar na criação e também apenas perceber as diferenças que surgem no próprio encontro e nos mostrar que podemos e já somos outros e podemos inclusive escolher que outros queremos ser.

Encontro clínico
O encontro clínico?

Fazer terapia é sobre ser acolhido e encontrar um lugar seguro para poder experimentar o novo, deixar de lado aquilo que já não nos serve mais, que está nos fazendo mal e ter companhia para criar um novo modo possível de se estar no mundo. Quando encontramos lugar para ser diferente daquilo que já estávamos acostumados, construímos esse novo lugar possível, podemos dar esse passo. Se não temos para onde ir o que nos resta é ficar. E por isso é muito importante mapear nossos desejos, cartografá-los, entender quais são os desejos, as angústias, as dificuldades que nos levam a ficar nesse lugar onde já não queremos mais estar, olhar para o que está em volta e fazer rede/ conexão com o que se pode, com o que já se tem e ir aos poucos caminhando para esses novos territórios, construindo-os.

Confiança e engajamento
Confiança e engajamento?

Não é possível produzir o novo com alguém que não nos sentimos confortável, fazer terapia é sobre confiar, por isso é extremamente importante que você experimente a companhia da sua futura terapeuta com atenção total no seu corpo e nos indícios que ele te dá, é importante diferenciar o que é o incômodo de algo que está te provocando a se repensar e o que é um incômodo que está vindo daquele encontro. É mesmo muito confuso e difícil separar essas duas possibilidades, mas se você chegar nesse primeiro momento já com bastante atenção a isso, pode ser mais fácil. Tire todas as suas dúvidas, fale sobre suas percepções, experimente essa nova companhia que quem sabe poderá ser a sua nova parceria pra inúmeras descobertas e transformações.

Ética
Ética?

Pensar uma clínica ética, é olhar para a pessoa com quem se está trabalhando e não pautá-la por preceitos morais, não ter um crivo do que é certo e errado desassociado do contexto daquelas relações, é encontrar em conjunto o que é justo para cada situação. É extremamente rico ter um espaço só seu onde você sabe que não vai receber julgamentos pelo que está trazendo e sim acolhimento. Uma vez que se pode confiar o caminho para traçar em companhia uma nova ética para sua própria vida, uma que acolha suas necessidades e do seu entorno pode produzir descobertas lindas, encontrar a justa medida da sua potência em cada relação, seja com as pessoas que te cercam ou nas suas ações.

Estética
Estética?

A estética aqui se coloca como uma busca por uma vida enquanto arte, uma vida livre para criar-se e recriar-se a cada novo encontro, a cada nova necessidade. Entender que o que aprendemos até aqui não precisa pautar nossa vida para sempre, se não serve mais, podemos reinventar, reaprender com os novos encontros, e no encontro clínico temos toda a liberdade para criar e temos essa companhia especializada para nos apontar quando estamos fazendo mais uma vez aquilo que já não queremos mais, aquilo que nos produz angústia, tristeza, ansiedade, ou seja aquilo que diminui a nossa potência de agir no nosso próprio mundo.

Política
Política?

Ao trabalhar a psicologia com um olhar político, procuro estar sempre atenta ao contexto da pessoa que esta trabalhando comigo e que ela mesma me traz, não enxergá-la como indivíduo desassociado do seu entorno, patologizá-la ou interpretá-la a partir de teorias prontas mas sim entender com ela o que a trouxe até aqui onde está e para onde queremos caminhar. Assim podemos nos responsabilizar pelo que criamos de nós, mas também não deixando de lado o que o mundo quer fazer de nós e como isso também nos atravessa, seja em questões mais amplas ou também em cada detalhe do como nos relacionamos, como agimos, como percebemos o nosso caminhar.

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